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Mostrando postagens de março, 2011

Jongo em Paraty - um lugar que poucos conhecem

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Em 2009, fui gravar o Expedições em Paraty. Lá estava rolando a FLIP, Feira Literária de Paraty.  A cidade histórica é linda! A feira literária também é interessante, mas deixou a cidade muito cheia, e assim, perdeu seu charme.  Já havíamos gravado Paraty e seus arredores em 2004. Resolvemos então fazer algo diferente! A produção marcou um encontro da equipe com moradores de uma comunidade quilombola (descendentes de escravos) no Quilombo do Campinho, mais para o interior da cidade,  com  o objetivo de gravar o Jongo, uma dança de roda tradicional desde a época dos escravos. Depois que li um livro chamado "Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves, que fala da batalha dos escravos pela liberdade, passei a me interessar mais pela cultura afro-brasileira.  Fomos muito bem recebidos pela comunidade. Depois, gravamos diferentes Jongos em outras comunidades quilombolas e o documentário ficou emocionante!  As imagens foram editadas em cima de um roteiro que nos remete ao tempo

Peixe-Boi

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Em setembro de 2010, recebi uma ligação do Pedro Werneck, diretor do Expedições. Ansioso, me convocou: "Tadeo, vão soltar um Peixe-Boi na semana que vem! É um evento muito importante e raro. Corre pra produtora, vamos fazer um reunião e você embarca na semana que vem pra gravar". Me reuni com a equipe RW, fizemos pauta, preparei equipamento e fui em busca de fazer o que mais gosto: viajar e documentar o Brasil. Enfim, embarquei para Pernambuco, animado, pra gravar um documentário sobre o Peixe-Boi Marinho.  A viagem começou na Ilha de Itamaracá, onde funciona o projeto Peixe-Boi. O lugar é lindo e passei todos os dias preocupado em levar de lá um material bonito e com conteúdo. Foi um desafio, mas a Ilha inspira qualquer fotógrafo e o Peixe-Boi é tão carismático que pode encantar a quase todos.  Por muito tempo esse mamífero foi caçado e, hoje, está ameaçado de extinção. O CMA - Centro Mamíferos Aquáticos foi criado por um grupo de pesquisadores justamente com o objetivo de

Peru 2007 - Nascente do Rio Amazonas

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Em 2007, viajei pra gravar a nascente do rio Amazonas, nos andes peruanos. Foi o maior desafio da minha carreira como cinegrafista.  Logo que cheguei comecei a passar muito mal por conta da altitude. Quando estávamos indo para o acampamento, na base do Nevado Mismi, já não conseguia gravar e tive que voltar para o hotel, pois estava com fortes dores na cabeça. O médico que cuidava da equipe disse que eu estava com pneumonia e edema pulmonar. Foi o fim. Foi o ponto final da minha viagem. Fiquei internado uma semana no hospital mais próximo, até voltar pra casa. Mesmo com essa experiência desagradável vi que o lugar é fantástico e aprendi que não basta estar preparado fisicamente pra viagens difíceis. O equilíbrio da mente é fundamental pra superar os desafios. Sony A1 Sony Z1 Acampamento na base do Nevado Mismi - Nascente do rio Amazonas